Imbituba é um município brasileiro, em Santa Catarina, que contém diversas praias entre elas a famosa e badalada Praia do Rosa (veja no mapa). Vale comentar que ele é considerado a capital nacional da Baleia Franca, já que em determinados meses do ano (Setembro e Outubro) elas aparecem por lá e fazem um espetáculo a parte. A Lagoa de Ibiraquera é formada pela água do mar que invade e inunda uma grande área cercada por muito verde. Simplesmente mágico, lindo!
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| Lagoa de Ibiraquera |
Uma vez localizados e apresentados ao destino, vamos seguir com nossa viagem!
Chegar até Imbituba é muito fácil: basta pegar um voo de SP até Florianópolis, e no aeroporto, alugar um carro e seguir pela BR - 101 até lá. São cerca de 80kms que, sem trânsito, se faz em 1hora e pouco. Vale comentar que a BR - 101 em sua maior parte deste trecho que leva a Imbituba está boa, porém, existe um ponto crítico - próximo ao Morro dos Cavalos - , mau conservado e com apenas uma pista para ir e outra para voltar. Em feriados (como foi meu caso) o transito é intenso e demora-se mais para chegar no destino.
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| Hospedaria Ponta da Piteira |
Por volta das 23hs chegamos em nossa pousada: Hospedaria Ponta da Piteira, e talvez esta mereça um Post a parte já que teria muito a dizer sobre ela... Antecipando algumas coisinhas para os mais curiosos: sua localização (com vistas fantásticas), a natureza de beleza ímpar e indescritível, o conforto de seus quartos, a energia que circula por ali, a delícia do Bistrô, o café da manhã delicioso e por fim, o simpático casal que teve a brilhante ideia de construir este paraíso e abrir as portas para nós.
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| Lagoa de Ibiraquera |
No dia seguinte acordamos e fomos caminhar pela Lagoa, sim, é possível atravessa-la a pé e chegar até a praia. Existem trechos em que a água chega no máximo até os joelhos e portanto a caminhada é perfeita. Em sua maior parte a água atinge apenas o tornozelo. Atravessar a Lagoa a pé além de revigorante é uma experiência única... Uma imensidão de água por todos os lados, uma paz - é possível até de se ouvir o "barulho do silêncio" - . Vale dizer que nesta Lagoa não é permitido o uso de qualquer meio de transporte motorizado. Mesmo nas partes em que ela é mais funda.
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| Lagoa de Ibiraquera |
A região é zona de migração de pássaros, o que torna a paisagem ainda mais encantadora. Eles estão sempre por lá, no céu, fazendo seus desenhos, ou na areia, prontos para levantar voo e transformar a paisagem.
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| Migração de Pássaros |
Entre pássaros, brisa do mar e muita água, pode-se ver alguns praticantes de StandUp, Caiaque e WindSurf (neste caso nas regiões mais fundas da Lagoa). Às vezes (e por experiência própria) fica-se encalhado nas "ilhas de areia", onde a água é rasa, e é muito comum ter que sair de seu equipamento e empurra-lo até a próxima região de maior profundidade. São estas "ilhas de areia" que fazem da lagoa uma paisagem mutante, juntamente com a subida e a descida das marés e a posição do sol. Tudo parece mágico, nada é estático, a cada instante uma fotografia diferente.
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| Caiaque - Lagoa de Ibiraquera |
Chegando na praia, nota-se ainda que a região é preservada. Sim, existem turistas, mas, sem aglomeração de gente, vendedores ambulantes e afins. Ali ainda se vê, uma grande extensão de praia virgem e muita natureza viva.
Seguimos em direção às dunas. A caminhada pela praia é relativamente longa até lá, porém fizemos sem perceber já que a natureza e seus protagonistas tomam conta do espetáculo e nos apresentam a cada instante uma cena diferente!
Entrar nas dunas pela praia exige certo esforço e um pouco de coragem, já que não existe um caminho definido. Fomos por onde havia menos arbustos e era possível a caminhada. A cada passo a paisagem ficava ainda mais especial, o que nos motivava a seguir adiante. Chegamos em alguns lugares mágicos, onde era possível se ver de um lado o mar, e de outro um horizonte infinito de dunas.
Caminhamos por elas, até acharmos por bem, voltar em direção à praia, já que estávamos no meio da natureza bruta, sem "direção segura" e com alguns obstáculos naturais poderosos, digamos assim, como pequenos arbustos de espinhos (que nos pegou o pé diversas vezes, já que estávamos de chinelo) e alguns aparentes "brejos" que nos impediam de fazer o caminho de volta.
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| Caracará |
Fomos presentados com o sobrevoo de um casal de ave de rapina comum na região o Caracará (ou Carcará), um tipo de gavião, cuja envergadura chega a 1,3 metros. É nessas horas que vejo o quanto somos tão pequenos frente à toda a grandiosidade da natureza!!
Pé na estrada, sim, decidimos voltar caminhando literalmente por uma estrada que margeia as dunas e a praia, muito tranquila, segura e com pouco movimento, até o inicio da nossa aventura. Lá, tem-se um centrinho comercial, com algumas lojas, bares e restaurantes. Paramos para reabastecer já que a manhã havia sido puxada, porém gratificante! Fim do dia, muito vento, sol se pondo, combinação perfeita para os amantes de Kitesurf que voavam por entre as ondas, mais um espetáculo à parte. Estava na hora de voltar, e o caminho de volta seria pela água, atravessando a Lagoa, que já havia se transformado com a subida da maré...
O dia seguinte começou como uma pintura, um pouco antes das 6hs acordamos para ver o nascer do sol. Da varanda do quarto da pousada, emoldurada, via-se uma paisagem viva, colorida, mutante, viciante!
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| Nascer do dia na Lagoa de Ibiraquera |
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| Acesso à Lagoa |
Com essa vida lá fora nos chamando, tomamos café e pegamos nossos caiaques (a pousada oferece caiaques para uso dos hóspedes com acesso direto à água).
Desta vez, pudemos nos aventurar por lugares mais distantes e profundos e conhecer mais da Lagoa de Ibiraquera. Remar ali é muito simples e fácil, já que não existem marés nem ondas pelo caminho. Deslizamos pelas águas, acompanhados de muitos bandos de aves e alguns peixes que pulavam para fora da água, aparentemente felizes por estarmos ali!
Quase duas horas depois voltamos desta espetacular travessia e fomos almoçar na Praia do Rosa, vizinha da Lagoa. De carro, chega-se lá em menos de 20minutos. Nosso destino era o Restaurante Urucum, do Chef Rafael Miralha, super indicado por uma amiga nossa. Mais uma escolha e experiência ímpar. O "carro chefe" do lugar são as moquecas e frutos do mar, que, aliados à vista da Praia do Rosa e um bom vinho fazem você não querer sair dali tão cedo.
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| Vista Restaurante Urucum: Praia do Rosa |
Fim do dia chegando e eu certa de que havia algo especial naquela região que me tornava mais sensível aos sentidos, que me deixava mais próxima de mim e que me fazia querer abraçar tudo aquilo e agradecer pela oportunidade de estar ali!
Naquela noite, já cansados, decidimos nos despedir da "Sra. Natureza" e brindar à vida com um bom vinho. Entre uma conversa e outra, contando vagalumes, sentados no deck com vista para a Lagoa, fomos presenteados por mais um espetáculo. No início uma luz no horizonte, a cada segundo Ela se despia e se mostrava para nós, grande, gorda e vermelha, como uma bola de fogo, iluminando a Lagoa e nos hipnotizando. Sim, a Lua estava ali, baixa, misteriosa, como se desenhada e colocada naquele lugar. Tímida, se mostrou para nós por alguns segundos e lentamente se recolheu. Não eram necessárias palavras naquela hora, uma lágrima escorreu pelo meu rosto... Sensação de felicidade!
Checkin do voo de retorno feito, malas prontas, deixamos aquele paraíso na manhã seguinte já programando nossa volta, desta vez em outubro, para ver as Baleias. E parece que a Natureza por ali está sempre pronta para nos surpreender...logo na saída da Pousada, de um ninho de Coruja Buraqueira, sai um "aparente" casal e se despede de nós, pouco assustados, aparentemente já sabendo que quem ali está e ali vai voltar tem certa conexão com tudo aquilo!!
Programas com a certificação VIDA BOA:
- Caminhar até a praia pela Lagoa;
- Acordar cedinho e ver a maravilha do nascer do sol;
- Explorar a Lagoa de caiaque ou SUP;
- Caminhar pela praia até as Dunas e entrar nelas;
- Correr atrás dos bandos de pássaros nas ilhas da Lagoa e faze-los voar;
- Almoçar na Praia do Rosa em um dos seus inúmeros restaurantes;
- Sem duvida, ficar hospedado em Ponta da Piteira;
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